sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A análise da Imagem, por estudiosos.



Proporções do poncho


 A imagem estampada é de 143 cm de altura. Aparece uma jovem morena, aparentando 18a 20 anos e trajando um vestido comprido. O poncho, chamado de ayate, é composto de três lados e confeccionado de cacto, chamado "maguey", grosseiramente confeccionado, assemelhando-se a um saco de estopa. Cada lado mede perto de 50 cm de largura. Ocupando dois desses lados está desenhada a imagem da jovem. O terceiro lado está dobrado para detrás das outras.


 Exames científicos 


Em 1966 reuniu-se uma comissão de sete pintores, os mais famosos de então, que após um estudo demorado, deram seu parecer sobre o desenho do ponche, perante escrivães e dignatários.
      Em 1751, Miguel Cabrera, chamado também de "Miquelângelo mexicano" e mais três outros pintores de renome voltaram a realizar novos estudos sobre a pintura. Desde então, repetidamente, vem sendo realizado este trabalho científico, cada vez com meios mais adequados (tais como raio X, análises químicas e novas modalidades de investigação) na medida em que a Ciência avança e facilita melhores técnicas.
      No transcorrer do tempo, os homens tentaram realçar as cores para que fossem vistas melhor de longe e pretenderam introduzir outros "enfeites". Nas nuvens foram pintados anjos (desapareceram com o tempo) Os raios de sol foram recobertos de ouro(o ouro está descascando). A lua branca foi "iluminada com prata- ( ficou preta e o preto está descascando) Pintaram uma coroa sobre a cabeça( com dificuldade pode ser vista ainda).


 As tintas


Pintores e análises químicas não desvendaram ainda a origem das tintas empregadas. Mauel Garibi, um perseverante examinador da pintura, resume assim a estranheza dos investigadores, principalmente quanto ao dourado que aparece nos perfis do vestido, nas quarenta e seis estrelas, nos arabescos e nos 129 raios de sol..
      "O dourado é transparente e sob este se vêem os fios do poncho. E como não exista nenhum material que seja transparente, nem sequer o cobre e o ouro, elementos indispensáveis para que o homem possa executar um dourado. Esse dourado,dotado de transparência, não pode ser obra humana".



Incorrupção

A pintura resistiu à umidade e ao salitre, muito abundante e muito corrosivo naquela região, antes de ter sido secado o lago Texcoco. Quadros de contextura mais firme, perderam a cor e se danificaram em poucos anos
      O tecido da tela é de tão má qualidade que deveria ter se desintegrado em questão de 20 anos. Atualmente tem 472 anos. Até as madeiras e metais( prata, ouro e bronze) não duravam então, mais que um século.
      O tramado da tecelagem é tão separado e tão imperfeito (comprovado cientificamente em 1751) que olhando por detrás do poncho, pode-se ver através, como se fosse uma peneira, podendo, sem que o tecido atrapalhe, ver os objetos e a claridade. Esta experiência foi realizada várias vezes, conforme testemunho de Cabrera.
      Durante 116 anos, de 1531 a 1647, a pintura esteve desprotegida e exibida em várias procissões solenes. A veneração popular levou piedosos e doentes a que beijassem as mãos e a face da pintura ou que fosse tocada com objetos cujo material deveria ter deteriorado ou destruído o tecido e a pintura.
      Carlos Maria Bustamante conta que em 1791, quando os peritos estavam limpando o ouro que enquadra a imagem, foi derramado um vidro de ácido nítrico, de extraordinário poder corrosivo. "Onde está a força corrosiva do ácido? (pergunta Bustamante) que derramado de alto a baixo no poncho, deixou apenas um vestígio como testemunho do prodígio para a posteridade.
      Hoje percebe-se, de perto, uma leve mancha como de água, no lado esquerdo da jovem e salpiques em vários outros lugares. A análise química confirma: é ácido nítrico.

Fonte:(http://oepnet.sites.uol.com.br/nossasenhora.htm)

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